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Guerra Americana

por Magda L Pais, em 01.04.18

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Guerra Americana de Omar El Akkad

ISBN: 9789897730993

Editado em 2018 pela Saída de Emergência

Sinopse

O relato de uma América futura despedaçada pelas suas divisões políticas, tribais e humanas. Sarat Chestnut nasceu no Louisiana e tem apenas seis anos quando a Segunda Guerra Civil Americana eclode em 2074. Mas até ela sabe que o petróleo é proibido, que metade do Louisiana está submerso e que drones não tripulados sobrevoam os céus.

Quando o seu pai é morto e a sua família é obrigada a viver num campo de refugiados, ela rapidamente começa a ser moldada por esse tempo e lugar até que, finalmente, pela influência de um misterioso funcionário, se transforma num instrumento mortífero da guerra.

A sua história é contada pelo seu neto, Benjamin Chestnut, que nasceu durante a guerra - parte da Geração Milagrosa - e é agora um idoso a confrontar os segredos negros do passado, do papel da sua família no conflito e, em particular, a importância da sua tia, uma mulher que salvou a sua vida ao destruir a de outros.

A minha opinião

Sabem aquela sensação de inquietude que alguns livros deixam? aquele nó no estômago, aquele desejo que estejamos a ler apenas ficção? Guerra Americana é exactamente esse tipo de livro. Que nos deixa inquietos de uma forma indelével. Guerra Americana é uma horrível e muito credível distopia passada nos Estados Unidos, um continente a braços com a segunda guerra civil, mais uma vez entre o Norte e o Sul, entre azuis e vermelhos. Uma guerra que - como todas as outras - mata indiscriminadamente, não respeita nada nem ninguém.

Guerra Americana não é um livro fácil nem de leitura leve. Guerra Americana obriga-nos a pensar, a reflectir no que poderá ser o nosso futuro próximo, num mundo alterado pelo aquecimento global, pela falta de petróleo, pelo desrespeito constante pela natureza e pelo próximo. É, acima de tudo, aquilo que pode ser o futuro da humanidade e, precisamente por isso, por ser tão credível, assusta, preocupa, inquieta.

Mas, mais que isso, Guerra Americana mostra-nos como é tão fácil criar um instrumento de guerra. Sarat Chestnut, a personagem principal, é moldada para isso pela vida e acaba por fazer - aos outros - aquilo que lhe fizeram a ela e à família. E nós, os leitores, que acompanhamos a vida de Sarat desde que era uma criança feliz até à sua morte (e dos outros), acabamos por entender as suas razões, por aceitar as suas atitudes e, até, quem sabe, achamos que faríamos exactamente o mesmo.

Não me canso de o dizer, Guerra Americana é inquietante por ser credível, por nos obrigar a pensar no que tememos, no nosso futuro e daqueles que amamos. E precisamente por isso é um livro que não nos deve passar ao lado e que deve ser lido com uma réstia de esperança de que o usemos no bom sentido, para mudar o nosso futuro. Ou pelo menos para tentarmos fazê-lo.

Leia aqui as primeiras páginas

Classificação: 

(este livro foi-me oferecido pela Saída de Emergência em troca duma opinião honesta e sincera)

Entretanto...

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