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A Voz da Vingança de Guy Gavriel Kay
Tigana – Vol. II
ISBN: 9789896376260
Editado em 2014 pela Saída de Emergência
Sinopse
O príncipe Alessan e os seus companheiros puseram em marcha um plano perigoso para unir a Península de Palma contra os reis despóticos Brandin de Ygrath e Alberico de Barbadior, numa tentativa de recuperar Tigana, a sua terra natal amaldiçoada. Brandin é um rei maquiavélico e arrogante, mas encontrou em Dianora alguém à sua altura e está cativo da sua beleza e charme. Alberico está cada vez mais consumido pela ambição, cego a todas as ciladas em seu redor. Entretanto, o nosso grupo de heróis viaja pela Península, em busca de alianças e trunfos decisivos que podem mudar a maré da batalha a seu favor. Alessan está mais moralmente dividido que nunca, Devin já não é o rapaz ingénuo que era, Catriana apenas deseja redenção e Baerd descobre uma nova magia na Península. Conseguirá Tigana vingar a memória dos seus mortos? Ninguém consegue prever o fim nem as perdas que irão sofrer. Sacrifícios serão feitos, segredos antigos serão revelados e, para uns vencerem, outros terão forçosamente de tombar.
A minha opinião
A Lâmina na Alma e A Voz da Vingança foram escritos para ser editados num só livro chamado Tigana e, no meu entender, acabam por perder com a separação em dois. No meu caso, como acabei por comprar os dois ao mesmo tempo, li-os sem intervalo e beneficiei bastante com isso.
Volto a dizer, Guy Gavriel Kay não é Anne Bishop mas não deixa de ser um bom escritor de fantasia, capaz de enredos que nos prendem, de reviravoltas surpreendentes e de nos deixar presos a um livro para tentar descobrir que mais irá acontecer ou que acontecimentos nos esperam no próximo capitulo. Nalguns casos as pistas vão sendo dadas ao longo do livro, noutros caem-nos "no prato" inesperadamente mas, ainda assim, sem se perder o fio à meada.
Tigana é uma história de amor. Não entre duas pessoas mas de algumas pessoas pela sua pátria, amaldiçoada no dia em que o filho de Brandin é assassinado. Mas é também a história de como o amor entre duas pessoas pode surgir nas situações mais inesperadas e levar-nos a mudar o nosso pensamento.
Alessan sempre afirmou que, para que Tigana voltasse, seria necessário que Brandin e Alberico fossem derrotados em simultâneo. A forma que o autor encontrou para que tal acontecesse - e que só percebemos quase quase no final - é bastante engenhosa e inesperada, tornando este segundo volume bastante melhor que o primeiro.
A Lâmina na Alma de Guy Gavriel Kay
Tigana – Vol. I
ISBN: 9789896376055
Editado em 2013 pela Saída de Emergência
Sinopse
Tigana é uma obra rara e encantadora onde mito e magia se tornam reais e entram nas nossas vidas. Esta é a história de uma nação oprimida que luta para ser livre depois de cair nas mãos de conquistadores implacáveis. É a história de um povo tão amaldiçoado pelas negras feitiçarias do rei Brandin que o próprio nome da sua bela terra não pode ser lembrado ou pronunciado.
Mas anos após a devastação da sua capital, um pequeno grupo de sobreviventes, liderado pelo príncipe Alessan, inicia uma cruzada perigosa para destronar os reis despóticos que governam a Península da Palma, numa tentativa recuperar um nome banido: Tigana.
Num mundo ricamente detalhado, onde impera a violência das paixões, este épico sublime sobre um povo determinado em alcançar os seus sonhos mudou para sempre as fronteiras da fantasia.
A minha opinião
Tigana é a minha primeira experiência com Guy Gavriel Kay, autor que desconhecia por completo e que, acabei de descobrir, aprendeu muito quando Christopher Tolkien o contratou para editar os trabalhos do pai, o gigante JRR Tolkien. Notam-se, aliás, algumas influências neste livro.
A história é, acima de tudo, original. Tigana é uma nação amaldiçoada por Brandin por ter assassinado o seu filho. A maldição é simples - o seu nome não será lembrado ou pronunciado e o seu povo terá de esquecer que alguma vez lá viveu. Mas Alessan, o príncipe sobrevivente, quer contrariar essa maldição e reviver Tigana em toda a sua glória.
Guy Gavriel Kay não é Anne Bishop e confesso que, para mim, esse é sempre um problema. Quando leio livros de fantasia acabo por, consciente ou inconscientemente, comparar com a mestra, acabando a comparação por penalizar sempre os outros autores. Ainda assim, fiquei agradavelmente surpreendida com este autor pela construção dum mundo novo, com a sua própria geografia, mitos e história.
Também fiquei agradavelmente surpreendida pela complexidade da história e a construção das personagens. Um intrincado novelo que, se de inicio nos baralha depois acaba por nos deixar de água na boca para o segundo volume que, felizmente, já anda comigo na mala para o poder ler nos locais do costume (e no intervalo das caminhadas para apanhar gambozinos).
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