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Isabel de Aragão – Entre o Céu e o Inferno de Isabel Stilwell
A rainha que Portugal imortalizou como Rainha Santa
ISBN: 9789898818867
Editado em 2017 pela Manuscrito Editora
Sinopse
Entre o céu e o inferno. Assim foi a vida de Isabel de Aragão.
Nasceu envolta no saco sagrado, a 11 de fevereiro de 1270, em Saragoça. Intocável. Protegida. Com poucos dias de vida o avô, Jaime I, levou-a consigo para Barcelona, no meio de uma tempestade. Cresceu a ouvir histórias de grandes conquistas, de reinos divididos por lutas sangrentas entre pais e filhos e entre irmãos. A história de Caim e Abel. Uma história que se repetiu ao longo da sua vida…
Aos 12 anos casou com D. Dinis, rei de Portugal, e junto dele governou durante 44 anos. Praticou o bem, visitou gafarias, tocou em leprosos e lavou-lhes os pés, gastou a sua fortuna pessoal a ajudar os que mais precisavam e mandou construir o mosteiro de Santa Clara, em Coimbra. Da sua lenda fazem parte milagres, curas e feitos. Mas a melhor rosa de Aragão, que herdou o nome da Santa Isabel da Hungria, era boa para ser rei, como dizia muitas vezes o marido.
Junto dos seus embaixadores e espiões, com a ajuda da sua sempre fiel Vataça, jogou de forma astuta no tabuleiro do poder. Planeou e intrigou. Mas a história teimava em repetir-se. Caim e Abel. Pai contra filho, o seu único filho varão contra os meios-irmãos bastardos.
Morreu aos 66 anos, depois de uma penosa viagem de dezenas de léguas de Coimbra a Estremoz, montada numa mula, para evitar mais um conflito entre Portugal e Castela. Sempre acreditou que a película em que nascera a protegeria de tudo, mas nos últimos tempos de vida sentia-se frágil e vulnerável. E duvidava. Onde falhara como mulher e mãe?
A minha opinião
O que tem, em comum, D Teresa, D. Maria II e D Isabel, além do facto óbvio de terem sido três rainhas de Portugal? Bem, quase tudo, de acordo com os livros de Isabel Stilwell. Confesso que esperava que este terceiro livro me tirasse esta ideia da cabeça mas não. Apesar de ter gostado de o ler, a verdade é que, em muitos (demasiados) momentos, achei que estava a repetir a leitura.
Esta é, para mim, a grande falha de Isabel Stilwell. Todas as rainhas que imortaliza nos seus livros tem as mesmas características intrínsecas. São copy + past umas das outras. É verdade que se aprende imenso com estes livros, para quem gosta de romances históricos (como eu) são excelentes, aprendemos enquanto nos distraímos, quase sem dar por isso. Mas gostava, confesso, de não estar esta sensação estranha de que estas três rainhas foram iguais (apesar de, claramente, D Isabel ser bastante mais religiosa que D Maria II ou mesmo D Teresa).
Acresce ainda - de forma menos positiva - que houve momentos, neste livro, em que me pareceu que estavam a ser debitados factos soltos. Confesso que me senti, em determinado momento, numa aula de história, com um professor enjoado a falar para alunos desinteressados e não é isso que eu procuro num romance histórico. Nesse aspecto, D Teresa e D. Maria II foram bem mais interessantes.
De qualquer modo nem tudo foi mau, principalmente porque realmente conheci melhor quem foi a Rainha Santa, como nasceu a lenda das Rosas e quem foi D Dinis, o Rei que deve andar às voltas no túmulo por ver o seu Pinhal destruído nos incêndios deste ano. Aprender - por pouco que seja - da nossa história é aprendermos também quem somos e isso não tem valor.
Leia aqui as primeiras páginas
Classificação:
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D Maria II Tudo Por Um Reino de Isabel Stilwell
Editado em 2012 pela A Esfera dos Livros
ISBN: 9789896263690
Lido em 2015
D Teresa de Isabel Stilwell
Editado em 2015 pela Manuscrito Editora
ISBN: 9789898818027
Lido em 2015
Sinopse
Esta é a história de Teresa, uma mulher de armas, à frente do seu tempo, que governou num mundo de homens e de conspirações.
Filha de Ximena Moniz do Bierzo, de quem herdou os olhos verdes e a astúcia, e de Afonso VI de Leão e Castela. Viúva aos 25 anos do Conde D. Henrique de Borgonha regeu com pulso de ferro o que era seu por direito. Em 1116, o Papa Pascoal II reconhecia-a como Rainha.
Pelo Condado Portucalense confrontou a meia-irmã e rival Rainha Urraca de Castela, o pai, a igreja Católica, os nobres portucalenses e até mesmo o seu próprio filho D. Afonso Henriques, na lendária Batalha de São Mamede. Trinta e três anos depois de ter chegado ao condado, via-se obrigada a fugir, derrotada e traída. Restava-lhe o consolo de ter a seu lado o seu amado, Fernão Peres de Trava, e a certeza de que Alberto, seu fiel amigo, escreveria, com verdade, a sua história.
Isabel Stilwell é a autora de romances históricos mais lida em Portugal. D. Teresa - Uma Mulher que Não Abriu Mão do Poder é um romance emocionante sobre esta personagem fundamental da nossa história - mãe de D.Afonso Henriques, amante de Fernão Trava e Rainha de Portugal.
A minha opinião
Caramba! Se tivesse de resumir este livro numa só palavra, Caramba seria a palavra escolhida. Aprendi mais sobre o nascimento desta nossa pátria neste livro do que em vários anos na escola. E isso é fantástico.
Desconhecia que o primeiro rei de Portugal era o filho mais novo de D Teresa e D Henrique e que tinha tido três irmãs e um irmão (que morreu com pouco mais de dois anos). E, por isso, terei, provavelmente, feito figura de parva quando, esta tarde, do nada, gritei - ah, até que enfim que ele nasce. Porque, sempre que D Teresa estava grávida eu achava que era ele. Mal sabia eu, quando dei esse grito aqui em casa, que ainda iriam nascer mais duas crianças, fruto da relação adúltera de D Teresa com Fernão Trava.
Aliás, é precisamente essa relação com Fernão Trava e o facto de D Teresa não renegar as filhas nascidas dessa relação (como poderia, se ela própria sabia o que era ser filha ilegítima), dizia eu então que foi essa relação adultera que despoletou a fúria de D Afonso Henriques, apoiado por muitos nobres que não viam, com bons olhos, uma mulher a governar o condado e muito menos uma mulher que vivia uma relação pecaminosa com um homem casado.
Outro dos detalhes que me era desconhecido era a quantidade de Urracas e Teresas que existiam na altura. Não sei se era falta de originalidade mas a verdade é que são nomes que se repetem na história do nascimento de Portugal. Ao ponto de ter tido necessidade, várias vezes, de consultar a arvore genealógica que a autora disponibiliza no inicio do livro.
E, senhores, que família disfuncional... Portugal e Espanha nasceram dos conflitos duma família disfuncional, em que pais e filhos, irmãos e irmãs, tios e sobrinhos, marido e mulher lutam entre si, traem-se mutuamente para, logo a seguir, fazer uma aliança que, seguramente, seria precária. Tirando as relações de D Teresa com a sua mãe, Ximema ou com o seu primeiro marido, D Henrique (pai de D Afonso Henriques e das irmãs mais velhas), nenhuma das outras estava a salvo de uma traição. Amavam-se entre si, mas à sua maneira.
Resumindo, estou seguidora fiel desta autora. Demorei a decidir-me a ler os livros dela (obrigado, mais uma vez, M.J. por me teres quase forçado a fazê-lo) mas agora que a descobri, terei de os ler todos).
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