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A Culpa é das Estrelas de John Green
Editado em 2012 pelas Edições Asa
Entretanto...
Quando a neve cai de John Green, Lauren Myracle, Maureen Johnson
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898626912
Lido em 2014
Sinopse
Para conhecer a sinopse clique na imagem
A minha opinião
Desengane-se quem pensar que este é mais um livro de John Green. Este livro foi escrito a três mãos. São dois autores quase desconhecidos do público português e que, muito provavelmente, assim continuariam se não fosse esta parceria com John Green. Mas não se pense que só tem valor por isso. Vamos ver cada um dos contos por si.
O Expresso Jubilee - Maureen Johnson
Jubilee é uma adolescente com uns pais... estranhos, vá. Uns pais que, além de lhe colocarem um nome de... stripper, são coleccionadores invertebrados de peças da Vila Flobie. Para compensar a estranheza dos pais, Jubilee tem um namorado perfeito. Noah. Naquela véspera de Natal, Jubilee estava a preparar-se para jantar em casa de Noah, para celebrarem o Natal e o primeiro aniversário do seu namoro perfeito quando Sam, um advogado da família lhe bate à porta com uma alteração forçada aos planos.
No meio de uma das maiores tempestades de neve dos últimos 50 anos, Jubilee tem de ir de comboio para casa dos avós, na Florida. Só que a tempestade estraga a viagem de comboio e Jubilee acaba por repensar toda a sua vida.
Não conhecia esta autora mas gostei, honestamente do que li. Entre algumas pitadas de humor e de uma forma muito simples, MJ deixa-nos a pensar que, às vezes, é preciso alguém de fora para ver o que está mesmo à nossa frente. É uma autora a descobrir, sem dúvida.
Um milagre de Natal fantabulástico - John Green
Tobin (de quem falei aqui), JP e Duke estão a passar uma noite de Natal na casa de Tobin. Uma noite de Natal diferente porque os pais de Tobin estão retidos noutra cidade devido à grande tempestade de neve e os três estão numa maratona de filmes de James Bond.
Quando, mais uma vez, o telefone toca, nenhum dos três poderia imaginar que, por causa dumas chefes de claque e duns pasteis de batata, iriam ter uma noite nada normal. A aventura em que os três embarcam, cada um com as suas motivações, acaba por ter tudo para acabar mal. E, na verdade, corre de tal modo que Tobin, na linguagem sofisticada pela qual é conhecido, diz, várias vezes - Porra, porra, porra, porra, porra! Estúpido, estúpido, estúpido, porra!
JG, mais uma vez, consegue mostrar o melhor lado dos adolescentes e consegue por um sorriso nos lábios. Um verdadeiro conto de Natal ao nível de "sozinho em casa".
O santo patrono dos porcos - Lauren Myracle
Addie é uma adolescente para quem todos os problemas passam por ela. Até esta véspera de Natal, tudo rodava à volta de Addie e ela nem se apercebia. Nesta noite, enquanto lamenta ter acabado o namoro com Jed, as amigas de Addie começam a mostrar-lhe o quanto ela é egocêntrica. Ao longo desta longa noite de Natal, são várias as pessoas que mostram a Addie (também porque ela, finalmente, está disposta a ver para lá dos seus problemas) que é necessário mudar a sua atitude. A procura por Gabriel - o mini porco - é, ao mesmo tempo, a demanda de Addie pela sua própria personalidade.
Mais uma autora desconhecida em Portugal mas que, definitivamente, é uma autora a seguir.
O livro
Depois de ter lido a Trilogia O Século, de que vos falei aqui, aqui e aqui, e da Rapariga que roubava livros, estava a precisar duma leitura mais doce, mais leve, com uma pitada de humor. Quando a neve cai consegue juntar estas características num livro fluido que se lê com muita facilidade. São histórias de amor e de encontros fortuitos. De coincidências e de aprendizagem. Juntem-se vários adolescentes, naquela fase da vida em que as emoções estão ao rubro, uma cidade, a véspera de Natal e a tempestade de neve mais forte de sempre e temos um livro que pode, e deve, ser lido por todos.
Apesar de ser o autor mais conhecido em Portugal, John Green não sobressai nestes três contos. Diria até que o último conto - o Santo Patrono dos Porcos - é o melhor dos três.
O livro termina da melhor forma - com todas as personagens dos três contos no mesmo Starbuck, mostrando como a vida acaba por se entrelaçar sempre.
Recomendo!
(E se quiser, aproveite a campanha dos dias aderentes da FNAC, é só hoje e amanhã. - eu estou aqui a tentar conter-me...)
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Livro comovente
Desde que me lembro de ser gente que me lembro de estar acompanhada dum livro. É, por isso, muito complicado falar em apenas um livro comovente, por isso irei falar nos livros mais comoventes que li.
A Princesinha de Frances Hodgson Burnett
Diz a sinopse: "Alguma coisa surgirá, se eu pensar e esperar um pouco. A Magia dir-me-á — afirmou numa voz suave e expectante." Sara Crewe, uma aluna excepcionalmente inteligente e imaginativa do Colégio de Miss Minchin, fica devastada quando o pai morre. Sem dinheiro, Sara é rebaixada, humilhada e forçada a trabalhar como criada. Mas a história não acaba aqui e o seu destino reserva-lhe a felicidade.
Foi esta a edição que li, na casa da minha avó. Tocou-me imenso a história de Sara, uma menina rica, que, quando o pai morre, se vê obrigada a sobreviver como pode.
O ano passado tive oportunidade de o reler e percebi que, quase 40 anos depois de o ter lido a primeira vez, voltou a tocar-me.
A história verdadeira deste homem que enfrentou perigos inacreditáveis e sacrificou tudo o que possuía, colocando em jogo a própria liberdade, para salvar mais de mil pessoas. Partindo dos testemunhos dos Schindlerjuden - os judeus de Schindler -, Thomas Keneally compôs um romance notável e comovente, que retrata a coragem, a generosidade e a perspicácia de um herói em meio às cinzas do holocausto. Escrito com paixão, mas também com absoluta fidelidade aos fatos, A Lista de Schindler valeu a seu autor o cobiçado Prémio Booker, da Inglaterra. Levado ao cinema com grande sucesso por Steven Spielberg, foi eleito o melhor filme de 1993 pela Associação dos Críticos de Nova York e de Los Angeles.
Foi dos poucos livros que tive de interromper a leitura por estar a chorar. Vibramos com cada um dos judeus que Schindler consegue salvar e choramos por todos os outros. Arrepiante mas real.
A Culpa é das Estrelas de John Green
A culpa é das estrelas não é o melhor livro de sempre nem sequer o melhor livro de John Green. Mas é quase impossível não nos comovermos com o final da história de amor de Hazel e Augustus - mesmo que esse final esteja marcado desde que o livro começa.
Convergente, aquele que devia ser o último livro desta saga (saiu depois o Quatro mas que não acrescenta nada à história), tem um final inesperado que é anunciado, nas entrelinhas, ao longo dos três volumes. Chorei e fiquei com um nó cego no cérebro - mas como é que isto acontece no final? - mas a verdade é que acontece.
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Por quarenta dias, eu, M*, The Daily Miacis, Mula, Miss F, Marciano, Alexandra, JP, Drama Queen, Fatia Mor, CM, Nathy, MJ, Just, Ana Rita Garcia M., Tea, Carla B., Neurótika Webb, Noqe, Caracol, Morena e asminhasquixotadas partilhamos a nossa paixão pela leitura e pelos livros.
Cidades de Papel de John Green
Editado em 2014 pela Editorial Presença
ISBN: 9789722352925
Lido em 2014
Sinopse
Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman são vizinhos e amigos de infância, mas há vários anos que não convivem de perto. Agora que se reencontraram, as velhas cumplicidades são reavivadas, e Margot consegue convencer Quentin a segui-la num engenhoso esquema de vingança. Mas Margot, sempre misteriosa, desaparece inesperadamente, deixando a Quentin uma série de elaboradas pistas que ele terá de descodificar se quiser alguma vez voltar a vê-la. Mas quanto mais perto Quentin está de a encontrar, mais se apercebe de que desconhece quem é verdadeiramente a enigmática Margot.
Cidades de Papel é um romance entusiasmante, sobre a liberdade, o amor e o fim da adolescência.
A minha opinião
Cidades de Papel é o quarto livro que leio de John Green, depois de A culpa é das estrelas; À procura de Alaska e O Teorema Katherine e, quanto a mim, vem confirmar a excelência deste autor juvenil.
Cidades de Papel, tal como os outros livros, fala-nos de jovens reais, que vivem situações reais. É este, quanto a mim, o grande trunfo de JG – aliado, claro, à forma humorística que escreve.
Margo e Quentin conhecem-se desde sempre. São vizinhos e amigos que brincam e passeiam até ao dia em que encontram um cadáver no parque. Enquanto Margo fica fascinada pelo cadáver e dá dois passos em frente, Quentin dá dois passos atrás e tenta, ao máximo, sair dali e chamar a polícia. Este encontro e a diferença de atitude entre um e outro vão marcar toda a existência de ambos. Outra diferença abismal entre os dois são os pais. Os pais de Quentin, ambos psicólogos infantis, acompanham o filho e tentam, com sucesso, que Quentin seja um adolescente equilibrado. Já os pais de Margo deixam a filha “ao Deus dará” o que, naturalmente, tem uma influência negativa na adolescente.
Quando chegam ao final do secundário, o tal afastamento que se verificou quando encontraram o cadáver – dois passos à frente de Margo e dois passos atrás de Quentin – é completo. Quentin tem, como melhores amigos, Ben e Radar. Os três formam o grupo de nerds da escola onde andam, enquanto Margo, com Beth e Lacey, são as melhores amigas e as miúdas com que qualquer rapaz adolescente quer namorar. Margo e Quentin quase que nem trocam uma palavra.
Enquanto toda a escola, e os seus melhores amigos também, se preparam para o Baile de Finalistas, Quentin – que não quer, de modo algum ir ao baile – é desafiado por Margo, a meio da noite de 5 de Maio, a fazer uma viagem na cidade onde vivem para que ela, Margo, se possa vingar dos falsos amigos que a enganaram.
Quando Quentin acorda, no dia a seguir, Margo desapareceu, deixando Quentin preocupado com o que lhe terá acontecido. Mas também lhe deixa uma pista num sítio que só ele consegue ver. Atrás dessa pista, e com a ajudar de Ben e Radar, Quentin descobre outras pistas que o podem levar a encontrar Margo. Pelo meio Lacey, preocupada com Margo, acaba por se juntar ao grupo para ajudar a encontrar a amiga.
Enquanto procuram por Margo, os quatro amigos – Quentin, Ben, Radar e Lacey – acabam por se encontrar a eles próprios e por descobrir que, afinal, nem tudo é o que parece. Finalmente, na última parte do livro, partem os quatro numa louca viagem de carro, com os minutos contados ao segundo, para chegarem ao sítio onde pensam que Margo poderá estar, fazendo com que a amizade que os une se torne mais forte.
O final é inesperado. E eu confesso-me surpreendida pela positiva.
Em suma, é um livro que irei reler daqui a uns tempos e é uma leitura que recomendo a todos.
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