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O Meu Pé de Laranja Lima de José Mauro de Vasconcelos
Primeira edição em 1968
ISBN: 9789898491886
Reedição em 2015 pela Fábula
Sinopse
Esta é a história comovente de Zezé, um menino de seis anos nascido no seio de uma família muito pobre. Zezé é inteligente, sensível e criativo, mas muito endiabrado. Carente do afeto que não encontra junto do pai e da mãe, mais preocupados em sobreviver a cada dia, o menino perde-se nas ruas, onde só lhe dá para inventar travessuras.
Tendo aprendido demasiado cedo a dor e a tristeza, Zezé acaba por usar o mundo da sua imaginação para fugir da realidade da vida: toma por confidente um pé de laranja lima, a que chama Xururuca e ao qual revela os seus sonhos e desejos. Será nesta fantasia que Zezé vai encontrar a alegria de viver e a força para vencer as suas adversidades. O Meu Pé de Laranja Lima é a obra maior de José Mauro de Vasconcelos, um dos grandes nomes da literatura brasileira. Um livro que urge descobrir, ou reencontrar, e que é aclamado como um dos mais importantes livros juvenis em língua portuguesa.
A opinião da Joana
Antes de saber ler, já era incentivada pelos meus pais a pegar em livros e perder-me neles.
No início, via as imagens. Pedinchava a quem sabia ler para me ler os livros da Anita, entre outros tantos.
Ansiava muito por aprender a ler.
Aprendi depressa e a minha vida mudou.
Nas férias grandes da segunda para a terceira classe li tudo o que tinha lá em casa.
De tudo o que li, estava este.
Adorei. A escrita é simples, tão simples! Acessível a uma criança de 8 anos.
Gostei do livro porque me identifiquei com a personagem, o Zezé, tal como eu era levado da breca. E naqueles dias piores revirava o bairro. Tal e qual, eu!
Mais tarde, já trabalhava voltei a encontra-lo em casa dos meus pais.
Fiquei com ele para mim. Li-o outra vez. Voltei a emocionar-me. Como é que uma escrita tão simples, nos dá tanto? Acho que a resposta é mesmo a simplicidade da história e a maneira genial como José Mauro de Vasconcelos a conta.
Voltei a este livro, recentemente. E li-o mais uma vez. Tocou-me tal como das outras vezes. Pelas razões de sempre mas desta vez foi ainda mais especial: pai, mãe, irmãos não têm de ser os de sangue. Pai, mãe, irmãos são aqueles que nos entram no coração e nunca mais saem. Às vezes são os de sangue outras vezes não. Neste momento da minha vida, faz mais sentido do que nunca.
O livro é uma poesia escrita em prosa.
Ternura em estado puro.
Faz-nos rir e chorar ao mesmo tempo. Tal e qual a vida…
(infinitas estrelas…)
Leia aqui as primeiras páginas
Classificação:
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