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O Poço das Sombras de Juliet Marillier
As Crónicas de Bridei #2
Editado em 2011 pela editora 11 X 17
ISBN: 9789722522502
Lido em 2015
Sinopse
Em missão secreta na Irlanda por ordem do Rei Bridei de Fortriu, Faolan tem também de dar a notícia da morte de um bravo guerreiro. Porém, o principal assassino e espião de Bridei tem de enfrentar os demónios do passado sombrio da sua família com resultados inesperados.
Quando segue o rasto de um poderoso clérigo cristão que pode ser uma ameaça para a estabilidade do reino pagão de Bridei, Faolan torna-se responsável por uma criança, um cão e Eile, uma jovem perturbada e desconfiada.
Para Eile, a viagem a Fortriu é uma confrontação. Acostumada a uma vida de privações e labuta, a jovem vê-se perante um mundo estranho, cheio de lições novas, onde o principal desafio é aprender a confiar nas pessoas. Na corte de Bridei, em Monte Branco, notícias perturbadoras vindas do reino vizinho de Circinn, levam o Rei a convocar a conselho os seus chefes-de-guerra. Após o desaparecimento do principal conselheiro de Bridei e a morte trágica de uma jovem criada, a ameaça provocada pela influência cada vez Maior da Cristandade parece ser o menor dos perigos...
A minha opinião
Termina, com este livro, a trilogia As crónicas de Bridei e, como é habitual nos livros desta autora, fiquei com vontade de continuar a acompanhar as aventuras e desventuras de todas as personagens. N’O Espelho Negro, acompanhamos a vida de Bridei, que, aos quatro anos, é entregue a Broichan para ser educado para se tornar o novo rei e de como Tuala e Bridei se apaixonam e os problemas que tiveram de enfrentar antes de poderem ficar juntos. N’a Espada de Fortriu é a vez de Ana e Drustan que se apaixonam em condições adversas mas que, com a ajuda de Faolan e de Deord, conseguem fugir para Monte Branco e ficar juntos. Em simultâneo, Bridei vai para a guerra com os Celtas para que os seus domínios fiquem livres da sua influência.
Neste último livro, Faolan, depois de deixar Ana e Drustan na corte, em segurança, resolve enfrentar o passado e vai na direcção do seu país natal. Mas antes tem um recado de Deord para entregar à irmã deste. Quando chega a casa de Deord conhece Eile, a jovem filha de Deord e de quem ele nunca tinha falado antes. Aos 15 anos, Eile, violentada desde tenra idade pelo tio, tem uma filha, Saraid, com apenas 4 anos. Quando Faolan se apercebe, Eile e Saraid já estão à sua guarda e acompanham-no no regresso a casa onde Faolan vai enfrentar os seus maiores pesadelos.
Entretanto na corte de Bridei, o primo e a irmã de Ana chegam para o conselho de chefes que Bridei convocou. Será que Breda poderá ser a nova refém do reino, tal como Ana ou será que o seu feitio não se coaduna com a vida numa corte informal como é a corte de Bridei?
Confesso que, dos três livros, este foi o mais interessante e o que mais me prendeu. De tal modo que ontem à noite me esqueci de me ir deitar…
Para quem gosta de leitura do fantástico, esta é, sem dúvida, uma trilogia a ler e uma autora a acompanhar.
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A Espada de Fortriu de Juliet Marillier
As Crónicas de Bridei Vol II
Editado em 2010 pela 11 X 17
ISBN: 9789722521925
Lido em 2015
Sinopse
Depois de O Espelho Negro, chega-nos o segundo livro das crónicas de Bridei.
O reino de Fortriu gozou de cinco anos de paz desde que Bridei chegou ao trono. Agora, o rei prepara-se para uma guerra há muito esperada que, segundo pensa, banirá para sempre do Ocidente os invasores Galeses. A princesa Ana, refém de Fortriu desde a sua infância, é enviada para Norte, para se casar, estrategicamente, com um líder que nunca viu, e com isso ganhar um aliado no qual se baseia a vitória de Bridei. A sua escolta é conduzida por um homem que ela despreza: o enigmático Faolan, assassino e espião de Bridei. A expedição é infortunada e, quando Ana chega junto do líder a quem fora prometida, numa fortaleza perdida nos Bosques de Briar, ela não se sente à vontade. Trata-se de um lugar cheio de segredos. Quando Ana descobre um prisioneiro mantido na mais austera reclusão, é confrontada com uma conspiração de silêncios. Entretanto, Faolan percorre um delicado caminho entre a lealdade e a traição.
As forças de Bridei marcham para o campo de batalha. Mas aos que ficam para trás é revelado que o seu rei marcha em direcção à derrota e, mais do que isso, o espera a morte certa. Só um mensageiro é capaz de o alcançar a tempo, mas chamá-lo porá em perigo o que é mais querido para Ana.
A minha opinião
Enquanto que n'O Espelho Negro acompanhamos a história de Bridei e Tuala, neste segundo livro as personagens principais são Ana e Faolan. Ana, uma das poucas amigas de Tuala e refém do reino desde tenra idade é convidada, por Bridei, a assumir um papel preponderante na política, como noiva de Alpin, um líder estratégico e cuja localização poderá ser benéfica na luta de Bridei para banir os Celtas do seu território. Faolon, amigo e confidente de Bridei, é convidado a levar Ana até ao noivo sem que se tenha a certeza se Alpin a aceita ou se irá cumprir a sua parte do acordo.
Para Faolon, está será a sua pior missão de sempre, por ter de levar, consigo, uma princesa mimada e sem qualquer preparação. Mas Ana, ao longo da viagem prova que afinal talvez esteja tão bem preparada quanto Faolon.
Ao chegarem ao reino de Alpin, Ana percebe que vai ser difícil cumprir o que se espera dela - casar com Alpin, um homem violento e pouco sério que lhe causa imensa repulsa. Acaba também por descobrir que a primeira mulher de Alpin morreu em circunstâncias pouco claras e que, quem está a pagar pela sua morte talvez esteja inocente. Será que, ao casar com Alpin, irá conseguir, em simultâneo, provar a inocência de Drustan?
Quanto a Bridei e Tuala, casados há cinco anos e com um filho, Derelei, surgem outros problemas. Bridei tem de ir para a guerra, aquela para a qual se está a preparar desde sempre e que, se tiver sucesso, irá acabar com o domínio celta nalgumas zonas do reino. Tuala, com o marido longe, cede à tentação e volta a consultar a taça da visão e acaba por ver o assassinato de Bridei por um dos seus guarda-costas. Será que consegue evitar este acontecimento? e a que custo?
Mais uma vez, esta que é uma das minhas autoras favoritas da literatura do fantástico, não me desilude. Este livro tem de tudo para ser, também ele, fantástico.
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Espelho Negro de Juliet Marillier
As Crónicas de Bridei #1
ISBN: 9789722521383
Editado em 2010 pela Bertrand Editora
Lido em 2015
Sinopse
Escócia, século VI. Bridei tem quatro anos quando os seus pais o confiam a Broichan, um poderoso druida do reino de Fortriu, com quem aprenderá a ser um homem erudito, um estratega e um guerreiro. Bridei desconhece que a sua formação obedece ao desígnio de um concelho secreto de anciãos e que está destinado a desempenhar um papel fundamental no destino do instável reino de Fortriu. Porém, algo irá mudar para sempre o seu mundo e, provavelmente, arrasar os planos de Broichan: Bridei encontra uma criança, ao que tudo indica abandonada pelos Boas-Gente. Todos concordam que o melhor será assassiná-la, mas Bridei decide salvá-la a todo o custo. E assim, ambos crescem juntos, e a bebé Tuala transforma-se numa bela mulher.Contudo, Broichan presente o perigo que ela representa, pois a jovem poderá vir a ter um papel importante no futuro de Bridei… ou causar a sua perdição.
A minha opinião
É um dos géneros literários que mais gosto - a literatura do fantástico. E Juliet Marillier é um dos expoentes máximos deste género, sem dúvida. E ainda gosto mais quando a realidade se mistura com a lenda e a ficção. Nas palavras da autora, As Crónicas de Bridei são uma mescla de história, conjecturas e imaginação em que ficamos a conhecer a história de Bridei que governou os pictos a partir de 554 d.c.
Aos quatro anos, Bridei despede-se dos seus pais e irmãos para ir com Broichan, para, aparentemente, e como qualquer criança nobre, aprender e conhecer outras culturas de modo a poderem melhorar o seu comportamento. Bridei estranha ser a única criança na casa de Broichan mas obedece cegamente ao seu pai adoptivo - mesmo quando, pouco tempo depois, alguém o tenta assassinar enquanto passeia na floresta.
Aos poucos Bridei começa a revelar as suas capacidades excepcionais e que levaram a que a sua mãe o tivesse escolhido, de entre os filhos, para que fosse o escolhido para ser formado, como guerreiro, erudito e druida e, por fim, governar Fortriu, no dia em que Drust, o Touro, morresse.
Apesar de viver com Broichan, os seus estudos e a sua evolução são acompanhados, de perto, por um conselho de anciões que pretende, com a sua futura eleição, unir um reino desavindo e com vários conflitos internos. Este conselho programa a vida de Bridei quase ao minuto, dos seus quatro anos até à data da eleição do governante, 15 anos mais tarde.
Mas A Que Brilha tem os seus próprios desígnios e decide deixar, à porta do castelo onde Bridei vive, uma bebé filha dos Boa Gente. Para todos, excepto para Bridei, esta criança, por ser filha dos Boa Gente, só pode significar desgraça e miséria, e propõe-se assassinar a criança. Bridei, com alguns feitiços simples, consegue evitar que tal aconteça e acaba por convencer todos de que a bebé deve ficar com eles e aprender, tal como ele.
Tuala, a bebé, e Bridei, acabam por crescer juntos e juntos, acabam por descobrir o amor mais puro, aquele que nasce de uma amizade que ultrapassa os mundos dos humanos e dos Boa Gente e que é abençoado pel'A Que Brilha - apesar da oposição de Broichan que tenta de tudo para que ambos se separam.
As intrigas normais duma corte desavinda e o amor pelo poder de alguns acabam por pôr em risco a vida de Bridei e de Tuala. Será que eles próprios e o amor que sentem um pelo outro são suficientes para os salvar?
Classificação:
May we meet again
A resposta a esta questão terá de ser dividida em duas partes. O autor e a autora.
No lado masculino, subsistem algumas dúvidas na minha mente. Apesar de apenas ter lido quatro livros, foram os suficientes para que Brandon Sanderson tomasse de assalto o podium dos autores favoritos. Mas John Grisham também está nesse topo (mas talvez apenas li mais livros dele).
No caso da autora, o podium é dividido entre as duas mestras do fantástico. Entre Anne Bishop e Juliet Marillier tenho sempre dificuldade em dizer qual a que prefiro.
Por 26 dias, eu, a Just, Maria João Covas, Sofia Gonçalves, Mula, Alexandra, Drama Queen, Caracol, Gorduchita, B♥, Sandra.wink.wink, Fátima Bento, Happy, Carla B. e Princesa Sofia respondemos a 26 perguntas sobre livros, tendo como mote o alfabeto. Às segundas, quartas e sextas, às 14h, não se esqueçam de cuscar as nossas respostas, em cada um dos blogs. Ou consultem aqui todos os posts publicados no Sapoblogs com esta tag (não consigo colocar aqui as tags da blogspot).
O Covil dos Lobos de Juliet Marillier
Blackthorn & Grim - Livro 3
ISBN: 9789896579616
Editado em 2017 pela Editorial Planeta
Sinopse
Blackthorn conhece bem as regras: não procurar vingança, ajudar qualquer pessoa que pedir e praticar apenas o bem.
Mas depois da provação recente que ela e Grim sofreram, sabe que tem de encontrar o homem que lhe arruinou a vida.
Último livro da trilogia Blackthorn & Grim.
A minha opinião
Depois d'O Lago dos Sonhos e d'A Torre de Espinhos, foi com um amargo na boca que comecei a leitura deste último volume da trilogia Blackthorn & Grim.
Por um lado queria muito chegar ao fim e perceber se Blackthorn tinha conseguido cumprir as regras impostas pelo seu amigo Conmael e se, ao mesmo tempo, tinha percebido (sozinha) que o que a une a Grim é muito mais do que ela pensa. Não vou, obviamente, dar-vos as respostas a estas questões, bastando que vos diga que o livro não desilude e que, no fim, tudo está bem quando acaba bem.
Por outro lado, saber que, depois deste volume, me teria de despedir destas duas personagens - Blackthorn e Grim - fez com que tivesse vontade de demorar ainda mais a leitura. É, sem dúvida, um drama comum aos leitores: queremos acabar o livro mas não queremos acabar a leitura...
Qualquer um dos livros desta trilogia é contada a várias vozes. Para além de Blackthorn e Grim, neste volume conhecemos Cara e Bardan. E enquanto Blackthorn e Grim falam na primeira pessoa (com claras diferenças de linguagem que permitem, mesmo sem ler o titulo do capitulo, saber quem é quem), Cara e Bardan falam na terceira pessoa. Cara numa forma mais clara, afinal é uma jovem de 15 anos. E Bardan numa forma confusa, pensamentos soltos, próprios de quem não se entende a ele próprio, duma pessoa que se esqueceu do que é importante.
Mais uma vez, Juliet Marillier leva-nos numa viagem de mistério, pela Irlanda medieval, pelas histórias contadas à lareira, pelas lendas que encantam. É o seu estilo, onde se sente à vontade, e onde nos encanta. As suas personagens são sempre fortes, bem caracterizadas mas, ao mesmo tempo, bastante humanas, com falhas que todos nós podemos ter, o que leva a que o leitor festeje as suas vitórias e se entristeça com as suas derrotas. Só um mestre na escrita o poderia fazer e, sem dúvida, Juliet Marillier é uma mestra.
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