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Nascimento Mortal de J. D. Robb
ISBN: 9789897103698
Editado em 2020 pela Edições Chá das Cinco
Sinopse
A tenente Dallas debate-se com um assassino implacável numa luta contra o tempo.
Quando dois jovens amantes - ambos funcionários da mesma empresa de contabilidade - são assassinados, a tenente Dallas é encarregada de investigar os homicídios. A braços com a organização do chá de bebé para Mavis, Eve terá igualmente de lidar com outro pedido da sua amiga: encontrar Tandy Willowby, uma das gestantes das aulas de preparação para o parto, que entretanto desapareceu.
Normalmente, Eve não investigaria um caso destes. No entanto, Mavis é a sua melhor amiga, e a tenente não pode dizer que não. Dallas terá de encontrar Tandy ao mesmo tempo que desvenda os segredos ocultos nos ficheiros de alguns dos mais ricos e reservados cidadãos, numa corrida contra um assassino particularmente cruel. E enquanto o seu marido Roarke descobre informações cruciais para a resolução do caso, Eve enfrenta um perigo bem real...
A minha opinião
Estava com saudades dum bom livro. Dum daqueles livros que não queremos largar. Que nos faz sorrir e, ao mesmo tempo, nos arrepia. Que não queremos largar (mas temos de o fazer, mais não seja para dormir). Que junta humor, erotismo, crime, mistério e suspense. Que a história principal tem principio, meio e fim (ainda que o meio seja, no mínimo, arrepiante e a roçar o horrível). Com uma escrita fabulosa, personagens fortes e bem construidas e com diálogos muito realistas.
Nascimento Mortal é tudo isso, condensado em pouco mais de 300 páginas. E é também a prova da versatilidade de Nora Roberts. De um lado - romances românticos como Nora Roberts. Do outro, crime, mistério, ficção cientifica (sim, esta série tem lugar algures em 2060 ) como J.D. Robb. O erotismo, esse está sempre presente, com uma qualidade que muitos livros nem sequer em sonhos lá chegam (vá, na série Predadores da Noite temos a mesma qualidade na escrita erótica com outra autora que dá cartas, Sherrilyn Kenyon).
Mas Nascimento Mortal também mostra como se podem juntar várias histórias diferentes, por imensas coisas a acontecer ao mesmo tempo e, ainda assim, conseguir dar um final coerente e bem escrito a todas elas.
Ainda não tenho esta colecção completa... desconfio que é desta que vou procurar para ver quais é que tenho em falta para comprar. Eve, Roarke, Peabody, Mira, Mavis, Nadine Furst e Summerset esperam por mim em cada um destes livros para me divertirem e eu não os quero deixar pendurados muito mais tempo.
(este livro foi-me oferecido pela Saída de Emergência em troca duma opinião honesta e sincera)
Leia aqui as primeiras páginas
Classificação:
May we meet again
Editado pela Chá das Cinco em 2017
ISBN: 9789897102943
Sinopse
Num jogo letal de gato e rato, Eve Dallas irá enfrentar um admirador de um dos mais infames assassinos de todos os tempos…
Um homem de capa e cartola aproxima-se de uma prostituta numa viela escura de Nova Iorque. Minutos depois, ela surge morta. No cenário do crime, um bilhete é endereçado à Tenente Eve Dallas, convidando-a a juntar-se a um jogo que irá revelar a identidade do criminoso. A carta contém apenas a assinatura de “Jack”.
Dallas é forçada a ir em perseguição de um assassino que sabe tanto de serial-killers quanto ela, um homem que estudou alguns dos homicídios mais infames de sempre. E não só é um especialista como quer deixar a sua própria marca.
Ele já escolheu a sua próxima vítima: Eve Dallas. E a única coisa que ela sabe é que o assassino planeia imitar o mais famoso assassino de sempre: Jack, o Estripador.
A minha opinião
Os cinco. Os sete. As minhas primeiras paixões literárias. Livros policiais para jovens. Mais tarde a minha paixão literária passou a ser ficção cientifica. Livros que se passariam no futuro tinham a minha preferência. Lembro-me de alguns que li e reli tantas vezes que me lembro, volvidos quase 30 anos, de quase todas as histórias.
Mais tarde passei a fase Agatha Christie. Li todos os policiais desta autora, também várias vezes (e ainda me lembro do nó no estômago sempre que lia o livro “cai o pano”).
Passei, como quase todos passamos, por aquela fase da leitura de romances. Não de cordel mas romances com qualidade. Com partes mais eróticas, com outras mais românticas. Claro que, nesta fase, Nora Roberts era a minha autora favorita.
Hoje só leio Nora Roberts, quando algum dos seus livros se aventura na fantasia como foi o caso da trilogia do Circulo. Mas leio, sempre com redobrado prazer, J. D. Robb. Sim, é parvo, eu sei, já que J. D. Robb é um pseudónimo de Nora Roberts mas, para mim, é como se fossem dois autores diferentes.
E porque esta introdução sobre as algumas das minhas fases literárias? Porque a série “mortal”, escrita de forma magistral por J.D. Robb mistura, num só livro, a ficção cientifica (os livros passam-se algures em 2059) os policiais, o romance (com umas pequenas pitadas de erotismo) e o mistério. Mas não só. J.D. Robb consegue, apesar dos temas habitualmente pesados, alguns momentos bem dispostos, com ironia, bem enquadrados. E tão bem que sabe ler um livro que faz tudo isto em versão Muito Bom!
Livros assim – como este Imitação Mortal – demoram pouco tempo a ler. Porque não os consigo largar enquanto não sei quem é o criminoso. E mesmo sabendo quem é o criminoso, quero perceber como é que ele é apanhado.
Este é o 17º livro desta série. Confesso que já li uns quantos (curiosamente ainda não li o primeiro) e, neste 17º faltou-me um ingrediente. Summerset, o empertigado mordomo de Roarke tirou férias e só aparece nas últimas páginas, o que me roubou algumas gargalhadas já que a relação que Summerset tem com Eve, a personagem principal e esposa de Roarke, é tão atribulada que nos dá direito a umas gargalhadas extras. Mas pronto, suponho que o rapaz tenha direito a férias também...
Neste livro – mais uma vez – a maldade humana vem ao de cima, com um assassino que mata por prazer, que usa e abusa do poder que detém sobre a vitima. Uma mente retorcida que mata com requintes de malvadez, cabendo a Eve descobrir quem é o criminoso a tempo de evitar mais assassinatos.
Um livro a ler, uma série a acompanhar. E não temam comprar este livro sem ter lido os restantes. Apesar de haver um fio condutor – as relações pessoais de Eve, Roarke, Peabody, Feeney, Mira, Commander Jack Whitney, Mavis, Nadine Furst e Summerset, que naturalmente, vão evoluindo de livro para livro –, cada um dos livros pode ser lido de forma independentemente porque a história principal começa e acaba.
Portanto, e em suma, se gostam de livros que misturam humor e mistério com romance e investigação policial com algumas pitadas de erotismo, este livro é o livro certo para ler. Se pensam que não gostam... bem, só posso acreditar que pensam isso porque ainda não leram nenhum desta série e, portanto, está na altura de o fazerem.
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