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Uma Vida Adiada

por Magda L Pais, em 26.12.20

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Uma Vida Adiada | Memórias da bibliotecária de Auschwitz de Dita Kraus

Tradução de Jorge Candeias

ISBN: 9789899033115

Editado em 2020 pelas Edições Desassossego

Sinopse

Um livro envolvente, em que memórias vívidas e detalhadas se entrelaçam com a narrativa de um dos períodos mais traumáticos da História

Nascida em Praga em 1929 no seio de uma família judaica, Dita Kraus viveu durante um dos períodos mais turbulentos do século xx. Neste livro ela relata com impressionante clareza os horrores e as alegrias de uma vida adiada pelo Holocausto: das suas primeiras memórias e amigos de infância em Praga antes da guerra, à ocupação nazi que a enviou a ela e à sua família para o gueto judaico de Terezín, ao medo inimaginável da sua detenção em Auschwitz e Bergen-Belsen, e à vida depois da libertação.

Dita escreve com rigor sobre as difíceis condições dos campos, sobre o seu papel como guardiã da mais pequena biblioteca do mundo e sobre o papel fundamental que os livros tiveram como escape da realidade. E vai além do Holocausto, apresentando a vida que reconstruiu depois da guerra: o seu casamento com o sobrevivente Otto B. Kraus, a nova vida em Israel e a maternidade.

Esta é a verdadeira história da bibliotecária de Auschwitz contada pela sua protagonista.

A minha opinião

Li, em 2015, A Bibliotecária de Auschwitz de António Iturbe livro baseado na história de Dita e, portanto, assim que vi que biografia de Dita ia ser editada o meu primeiro pensamento foi: quero! quero muito!

(entretanto tambem descobri o site  https://www.ditakraus.com/ onde podemos conhecer ainda melhor a história extraordinária desta mulher)

Uma Vida Adiada é um livro bastante menos pesado que o anterior. O foco não é exactamente o que Dita passou nos campos de concentração mas toda a vida desta mulher que foi uma das mais novas sobreviventes dos campos de concentração.

A forma como Dita nos conta as suas memórias e tudo o que passou - antes, durante e depois da segunda grande guerra - faz com que nos sintamos na sua pele, que calcemos os seus sapatos e que soframos com ela.

Uma Vida Adiada é um livro de leitura obrigatória, não só pelos fãs de literatura sobre a segunda grande guerra mas também por todos os que se queixam da sua vida. Acreditem, a esmagadora maioria dos vossos problemas perdem a importância perante tudo o que Dita (e outras Ditas e Ottos) passou.

Ainda que eu seja um bloco de gelo, livros como este emocionam-me pela positiva. E fazem com que não nos esqueçamos do mais importante: é nossa obrigação tentar de tudo, ainda que contra a maré, para que nunca mais percamos a humanidade e deixemos que voltem a acontecer barbaridades como as que Dita viveu.

leia aqui as primeiras páginas

Classificação: 

(este livro foi-me oferecido pela Saída de Emergência em troca duma opinião honesta e sincera)

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Uma Viagem Difícil

por Magda L Pais, em 21.12.20

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Uma Viagem Difícil de Jenni Hendriks e Ted Caplan

Tradução de Ana Mendes Lopes

ISBN: 9789897103742

Editado em 2020 pelas Edições Chá das Cinco

Sinopse

Veronica tem 17 anos e é uma aluna excelente com um futuro promissor… até ter nas suas mãos um teste de gravidez com duas linhas cor-de-rosa. Com todos os seus planos a desmoronarem, equaciona algo impensável: fazer um aborto. Mas há um problema: a clínica mais próxima fica a 1500 quilómetros e Veronica não tem carro. Desesperada, recorre à única pessoa que sabe que não a vai julgar: Bailey Butler, a rebelde da escola e a sua ex-melhor amiga. O plano é simples: catorze horas de viagem até à clínica, três horas para a intervenção e catorze horas de regresso.

O que poderá correr mal? Tudo, se pensarmos em três dias de carros roubados, caçadeiras e ex-namorados histéricos. Pior: a dor de uma amizade desfeita está demasiado presente e quando uma discussão leva a um brutal momento de verdade entre elas, Bailey abandona Veronica. E então a jovem terá de arriscar tudo - a sua hipótese de fazer o aborto, as suas esperanças e sonhos para o futuro - para reparar a dor que causou. É que ela já percebeu que o caminho para a vida adulta é duro… mas bem mais fácil quando se tem uma amiga ao lado.

A minha opinião

Regra: eu não leio na cama. Ou, quando leio, ligo o despertador. E porquê? bem, por causa de livros como este. Levei Uma Viagem Difícil para a cama e o resultado foi ter adormecido apenas às duas e pouco da manhã porque: vou só ler mais esta página. Ah vou mas é ler mais este capitulo. Olha, afinal tenho de ler mais isto. Oh Céus e o que vai acontecer agora?... pois, o que aconteceu foi que demorei uma noite a ler este livro.

Ri-me com Bailey e Veronica. Não chorei (porque não choro com livros) mas entristeci-me com ambas. Torci pela amizade que as une e tive vontade de lhes bater quando a casmurrice foi mais forte do que o que sentem.

Li por ai que este é um livro machista, que ensina que não se pode ter um bebé e, ao mesmo tempo, acabar um curso e ter uma carreira. A frase que li diz mais ou menos que "não temos de matar os nossos bebés para sermos bem sucedidos na vida". E também que este livro só mostra que as mulheres são fracas. Não, não somos fracas. E aos 17 anos, ter um filho, sem ter a própria vida organizada, é meio caminho andado para que tudo corra mal, para a mãe e para o filho

(sim, conheço alguns casos que correram bem, e que até foram mães bem mais cedo mas isso não prova que toda a gente o consegue fazer. Prova simplesmente que há excepções que confirmam as regras)

Considerações a comentários idiotas à parte, certo é que Uma Viagem Difícil nem sequer é sobre o aborto. É sobre duas amigas que mostram que, quando é mesmo necessário e apesar de andarem desavindas, conseguem recuperar a amizade que as unia. É sobre mostrar-nos que não temos de ser as mais bem sucedidas ou de andar só com as mais bonitas e fúteis da escola. É sobre namorados falsos e como nos devemos precaver para não cair nas esparrelas. É sobre lutar pelo futuro e por aquilo em que acreditamos. É sobre a mania de julgarmos os outros pelo que fazem sem saber porque o fazem.

Uma Viagem Difícil é, acima de tudo, um livro que trata temas sérios com humor, levando-nos a reflectir. E foi um livro que li numa noite, quando no dia a seguir era dia de trabalho. E isto, meus caros, perder o sono por causa dum livro, é seguramente um dos melhores elogios que posso fazer a um livro.

Classificação: 

(este livro foi-me oferecido pela Saída de Emergência em troca duma opinião honesta e sincera)

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Nascimento mortal

por Magda L Pais, em 15.08.20

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Nascimento Mortal de J. D. Robb

ISBN: 9789897103698

Editado em 2020 pela Edições Chá das Cinco

Sinopse

A tenente Dallas debate-se com um assassino implacável numa luta contra o tempo.

Quando dois jovens amantes - ambos funcionários da mesma empresa de contabilidade - são assassinados, a tenente Dallas é encarregada de investigar os homicídios. A braços com a organização do chá de bebé para Mavis, Eve terá igualmente de lidar com outro pedido da sua amiga: encontrar Tandy Willowby, uma das gestantes das aulas de preparação para o parto, que entretanto desapareceu.

Normalmente, Eve não investigaria um caso destes. No entanto, Mavis é a sua melhor amiga, e a tenente não pode dizer que não. Dallas terá de encontrar Tandy ao mesmo tempo que desvenda os segredos ocultos nos ficheiros de alguns dos mais ricos e reservados cidadãos, numa corrida contra um assassino particularmente cruel. E enquanto o seu marido Roarke descobre informações cruciais para a resolução do caso, Eve enfrenta um perigo bem real...

A minha opinião

Estava com saudades dum bom livro. Dum daqueles livros que não queremos largar. Que nos faz sorrir e, ao mesmo tempo, nos arrepia. Que não queremos largar (mas temos de o fazer, mais não seja para dormir). Que junta humor, erotismo, crime, mistério e suspense. Que a história principal tem principio, meio e fim (ainda que o meio seja, no mínimo, arrepiante e a roçar o horrível). Com uma escrita fabulosa, personagens fortes e bem construidas e com diálogos muito realistas.

Nascimento Mortal é tudo isso, condensado em pouco mais de 300 páginas. E é também a prova da versatilidade de Nora Roberts. De um lado - romances românticos como Nora Roberts. Do outro, crime, mistério, ficção cientifica (sim, esta série tem lugar algures em 2060 ) como J.D. Robb. O erotismo, esse está sempre presente, com uma qualidade que muitos livros nem sequer em sonhos lá chegam (vá, na série Predadores da Noite temos a mesma qualidade na escrita erótica com outra autora que dá cartas, Sherrilyn Kenyon).

Mas Nascimento Mortal também mostra como se podem juntar várias histórias diferentes, por imensas coisas a acontecer ao mesmo tempo e, ainda assim, conseguir dar um final coerente e bem escrito a todas elas.

Ainda não tenho esta colecção completa... desconfio que é desta que vou procurar para ver quais é que tenho em falta para comprar. Eve, Roarke, Peabody, Mira, Mavis, Nadine Furst e Summerset esperam por mim em cada um destes livros para me divertirem e eu não os quero deixar pendurados muito mais tempo.

(este livro foi-me oferecido pela Saída de Emergência em troca duma opinião honesta e sincera)

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Uma Mensagem Através da Vedação

por Magda L Pais, em 15.03.20

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Uma Mensagem Através da Vedação de Doug Gold

ISBN: 9789898892478

Editado pela Saída de Emergência em 2020

Sinopse

O amor mais inesperado floresce nas horas mais negras

Na Europa ocupada pelos nazis, dois estranhos conhecem-se por acaso. Um deles é uma resistente eslovena, que atira um bilhete amarrotado através de uma vedação de arame farpado e foge por entre a neve. O outro é um prisioneiro de guerra. O olhar de ambos cruza-se brevemente, mas é o suficiente para transformar as suas vidas para sempre.

Através da história verídica de Josefine Lobnik, uma resistente política que ajudou soldados e prisioneiros de guerra a escapar aos nazis, e de Bruce Murray, um soldado neozelandês que foi capturado na Grécia e enviado para a Eslovénia, Doug Gold apresenta-nos um retrato dramático das relações em tempo de guerra e da destruição que assolou a Europa e o mundo. Narrada através dos relatos de fugas audaciosas, traições, tortura e retaliação, esta é uma notável história de amor que sobreviveu a todas as contrariedades.

Um testemunho extraordinário de duas pessoas comuns que viveram as inimagináveis dificuldades do bárbaro regime de Hitler.

A minha opinião

São já muitos os livros que li sobre a segunda grande guerra e quase todos deixam uma mensagem de esperança, mostrando que, no meio do terror, há quase sempre coisas boas que acontecem.

Uma Mensagem Através da Vedação traz-nos precisamente uma nota de positivismo e de esperança com a história de Josefine e Bruce que se conhecem da forma mais improvável e que o destino volta a juntar uns tempos mais tarde.

Uma Mensagem Através da Vedação tem uma escrita bastante agradável, misturando factos com alguma ficção de uma forma que quase não nos apercebemos, construindo a história e as personagens de modo a prender a nossa atenção, enquadrando os acontecimentos para que nada nos caia de paraquedas.

Confesso que houve um ou outro momento que me fez impressão ler algumas descrições, de tão reais que estavam. Mas valeu a pena, sem dúvida.

Termino com um apelo que passará a estar em todos os meus posts:

Neste momento que vivemos, precisamos de manter a calma e a prudência, de lavar e desinfectar as mãos, evitar contactos sociais, reduzindo as saídas de casa ao imprescindível e não ir a correr para os hospitais por uma unha encravada, ao primeiro sinal de febre (superior a 37,5) ou tosse. São tempos difíceis mas só unidos e tendo em atenção as recomendações oficiais, podemos sair disto.

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Tempestade de Guerra - Parte 2

por Magda L Pais, em 24.12.19

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Tempestade de Guerra - Parte 2 de Victoria Aveyard

Rainha Vermelha #5

Editado em 2019 pela Saida de Emergência

ISBN: 9789897731778

Sinopse

No tão aguardado desfecho desta série, qual o poder que vencerá depois de a tempestade de guerra passar?

A traição praticamente destruiu Mare Barrow, e a jovem não olha a meios para derrubar o governo de Norta e retirar a Maven o poder que este detém. Avizinha-se uma longa e dura batalha.

Mas nenhuma guerra pode ser vencida sem ajuda, e Mare vê-se obrigada a aliar-se ao jovem que partiu o seu coração para derrotar aquele que quase a destruiu. Os poderosos aliados Prateados de Cal, juntamente com Mare e a Guarda Escarlate, provam ser uma força imbatível.

Mas Maven é guiado por uma obsessão profunda e fará qualquer coisa para ter Mare de volta, mesmo que isso signifique destruir todos os que se atravessem no seu caminho.

Na segunda parte da conclusão desta extraordinária série, a guerra aproxima-se e tudo aquilo por que Mare lutou está em suspenso.

Será a vitória suficiente para derrubar os Prateados?

A minha opinião

E com este livro termina a série Rainha Vermelha.

Ou não...

Estava convencida que este livro iria encerrar a história de Mare e Cal de uma forma uau como merecia uma série que tanto prometia mas a verdade é que o final deixa demasiadas coisas em aberto, nomeadamente sobre a relação de Mare e Cal e sobre como se entenderam vermelhos e prateados após o fim da guerra.

Não me entendam mal, Rainha Vermelha é uma excelente série de fantasia. Victoria Aveyard criou um mundo dividido pelo sangue e pelas aptidões (ou pela falta de aptidões no caso dos vermelhos) mas, no fim, não conseguiu que a última parte da série prendesse tanto como os outros livros.

De todo o modo, a forma como a história nos é contada, pelas vozes de Iris, Mare, Cal, Evangeline e Maven deixa-nos perceber que nem tudo o que parece é. Ficamos (ou fiquei) com vontade de entender melhor Maven e de conhecer melhor outras personagens que aparentavam ser ricas e interessantes (como Farley, Kilorn ou Ptolemus).

Ainda assim, valeu a pena a leitura, principalmente pelas cenas das batalhas que são épicas!

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