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Um Estranho Numa Terra Estranha de Robert A. Heinlein
Volume II
ISBN: 9789897731143
Editado em 2018 pela Saída de Emergência
Sinopse
Há vinte e cinco anos, a primeira missão a Marte terminou em tragédia e todos os tripulantes morreram. Mas, na verdade, houve um sobrevivente. Valentine Michael Smith encontra na Terra uma realidade muito diferente da que experienciou em Marte. As crenças e os rituais sagrados que aprendeu em Marte em nada se assemelham aos que encontra na Terra. A própria existência de Valentine torna-o alvo de uma intriga política.
Neste 2.º volume de Um Estranho numa Terra Estranha, Robert A. Heinlein continua a apresentar-nos a história de Valentine e do seu processo de integração numa cultura marcada pela anarquia, partilha, amor livre e vida comunitária. Este clássico da ficção científica ainda hoje nos leva a questionar as nossas aspirações mais profundas e continua a despertar sentimentos fortes - por vezes contraditórios - nos leitores.
A minha opinião
Obviamente depois de ler o primeiro volume, teria de ler o segundo e continuar a deleitar-me com esta história que me encantou na adolescência e que me volta a encantar uns anitos (poucos, vá) depois.
Robert A. Heinlein é, sem dúvida, o mestre da ficção cientifica, até por nos fazer questionar os seus pressupostos. Humanos a fazerem levitar copos e afins? Humanos a gerir o seu organismo de modo a não terem fome ou frio? (por favor, ensinem-me como que me daria muito jeito).
Um Estranho numa Terra Estranha fala-nos de Mike, um humano criado por marcianos, numa sociedade totalmente dispare da nossa e capaz de fazer coisas que nós apenas poderemos imaginar. E quando Mike regressa à Terra e começa a grocar os seres humanos quer ensiná-los a serem mais felizes e mais capazes. Mas fazê-lo é ir contra as convicções dos seres humanos que não estão preparados para ver a verdade como Mike a apresenta.
Robert A. Heinlein põe em causa, neste livro, a religião e a forma como esta regula a vida dos fieis. Mas não só. Numa abertura muito pouco própria para a altura em que foi escrito (o livro foi apresentado, pela primeira vez, em 1961), Um Estranho numa Terra Estranha fala-nos também na liberdade sexual e na homossexualidade. Não posso, ainda assim, concordar - nem sequer de perto - com uma das frases do livro: Nove em cada dez violações, a culpa é da mulher. Não, Robert A. Heinlein, não é de todo verdade. Dez em cada dez violações, a culpa é exclusivamente do violador.
Tirando este pequeno "detalhe" Um Estranho numa Terra Estranha é um livro a ler com calma, com serenidade e com a mente aberta para as criticas à nossa sociedade. Tão actuais hoje como em 1961, o que o torna um livro intemporal.
Classificação:
(este livro foi-me oferecido pela Saída de Emergência em troca duma opinião honesta e sincera)
Entretanto...
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